Projeto 65 anos +

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O aumento da expectativa de vida da população vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos. E a vida não se sustenta sem energia, nutrientes e água, por isso, torna-se fundamental adaptar-se bem ao processo de envelhecimento, ajustando seu comportamento alimentar.

É comum observar nos pacientes idosos dieta não balanceada, ingestão alimentar insuficiente, deficiências nutricionais específicas e, muitas vezes, ingestão alimentar excessiva, porém de baixa qualidade. Tudo isso, causando comumente subnutrição, desnutrição e até obesidade, mas com graves perdas de massa muscular.

A massa muscular magra (LBM, do inglês Lean Body Mass) inclui todo o tecido corporal, exceto a gordura, sendo responsável por 75% do peso corporal. A musculatura esquelética abrange 50% a 60% da LBM. Na ausência da ingestão de nutrientes, o músculo passa a ser o principal fornecedor de proteínas e aminoácidos utilizados na síntese proteica. A manutenção da massa muscular é essencial para o suporte do metabolismo proteico em todo o organismo. A perda de massa magra compromete a força física e a energia, aumentando a fadiga e o risco de quedas e fraturas, enfraquece o sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade a doenças e infecções, além de comprometer a cicatrização, reduzindo a capacidade de recuperação de cirurgias.

Com a idade, iniciamos naturalmente a perda de LBM. A partir dos 40 anos, haverá perda em torno de 8% por década e após os 70 anos, a taxa de perda de LMB, chega até 15% por década. Se não houver prevenção ou tratamento adequado, as consequências poderão ser bastante danosas como:

  •  fragilidade e incapacidade física: redução da capacidade de caminhar, subir escadas, levantar de uma cadeira e carregar peso.
  • perda de independência: redução da capacidade de lidar com doenças importantes e limitação da capacidade de participar de atividades, em virtude da diminuição da capacidade aeróbica.
  • aumento da mortalidade

Quando presente estas características, e dependendo do nível de acometimento, o paciente poderá ser diagnosticado com FRAGILIDADE OU SARCOPENIA, caracterizadas por uma perda progressiva e generalizada de massa muscular esquelética e de função muscular, com risco de resultados adversos, como incapacidade física, má qualidade de vida e morte. De acordo com os critérios diagnósticos, o que distingue os dois:

FRAGILIDADE: perda de peso, queixa de exaustão, fraqueza, baixa velocidade de marcha e baixo nível de atividade física.

SARCOPENIA: além das características citadas, o paciente apresenta massa muscular esquelética reduzida, força muscular reduzida e desempenho físico reduzido.

São disponibilizados diversos algoritmos e questionários auxiliando no diagnóstico e nos estágios de acometimento. De qualquer forma, é muito importante enfatizar que tudo isso tem prevenção e tratamento.

A intervenção nutricional e a atividade física têm impacto enorme tanto na prevalência, quanto na evolução para a sarcopenia. Por isso, devemos ficar hoje muito atentos em como estamos e como queremos ficar com o nosso envelhecimento. Não deixe para amanhã!

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