Celulite tem jeito?

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O fibro edema gelóide (FEG), popularmente conhecido como celulite, poderá ser classificado em graus, sendo o grau I, quando a superfície da pele apresentar alterações de relevo, se for pressionada. No grau II, as depressões da pele podem ser observadas sem compressão. No grau III, o aspecto de “casca de laranja” é observado em repouso e há alterações de sensibilidade como dor local. No grau IV, além das alterações observadas no grau III, há nódulos, elevações, aderências e muita dor.

A celulite pode ser classificada sob a Forma Flácida, acometendo mulheres acima de 35 anos, com pouca massa muscular, geralmente sedentárias. A Forma Compacta, apresenta um aspecto mais rígido, mas mantém o contorno corporal. Já a Forma Edematosa, é caracterizada por um tecido congestionado, geralmente com os furinhos e depressões mais acentuados do que as outras formas e podendo apresentar dor no local, ao exame clínico. E ainda, para piorar a situação, tudo isso poderá estar junto e misturado, caracterizando a Forma Mista, unindo as características da Compacta, da Flácida e da Edematosa.

Outras formas de classificação e diagnóstico da celulite surgiram como a Cellulite Severity Scale, escala de gravidade fotonumérica para o fibro edema gelóide.

Tratamento

Seu tratamento envolve medidas gerais e fundamentais como:

  • Reeducação alimentar, incorporando ao seu estilo de vida uma dieta com o objetivo de reduzir o tamanho dos adipócitos (células de gordura) na tela subcutânea e, consequentemente, reduzir a cadeia de eventos que este acúmulo de gordura provoca, regularizar o trânsito intestinal e diminuir a retenção de líquidos.
  • Atividade física com objetivo tanto de diminuir o tecido gorduroso localizado, quanto aumento de massa muscular.
  • Utilização de medicamentos para controle metabólico e hormonal, quando necessários.
  • Entre os tratamentos locais, a drenagem linfática manual (DLM) é um tratamento não invasivo muito efetivo e até essencial. Tem a função de drenar o excesso de líquidos que fica acumulado em uma área congestionada. Por meio de manobras lentas, suaves e rítmicas, realizadas no sentido dos vasos linfáticos, este tipo de manobra, provoca melhora da circulação linfática, eliminação de resíduos, aumento da diurese e redução de edemas. Porém, quando a FEG estiver em graus III e IV, em que há a presença de fibrose, outros tratamentos também deverão ser incorporados.

Nunca devemos deixar de enfatizar que a mudança no estilo de vida é fundamental para o controle da evolução da FEG, porque, devido a sua prevalência, dificilmente não a teremos, mas quando presente, poderemos melhorar seu grau de intensidade ou mesmo impedir a sua evolução.

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