Provavelmente você já ouviu falar sobre deficiência de vitamina D3, mas, porque é tão necessário o diagnóstico e a sua reposição?
Embora seja denominada vitamina, trata-se de um pré-hormônio, que, juntamente com o paratormônio (PTH), age como regulador da homeostase do cálcio e do metabolismo ósseo.
A vitamina D é obtida principalmente através da exposição solar pela síntese cutânea endógena. Menos de 10% das necessidades diárias são obtidas através dos alimentos. Dentre eles, o salmão selvagem é o mais rico, mas também ela é encontrada no salmão de criação, e em alguns peixes em conserva como a sardinha, o atum e a cavala, além de estar presente em cogumelos frescos e secos, e no óleo de fígado de bacalhau.
Estima-se que aproximadamente 40% dos jovens e mais de 80% dos idosos brasileiros moradores de grandes cidades apresentem inadequação de vitamina D.
Sua deficiência pode ser diagnosticada quando a concentração sanguínea está abaixo de 30ng/mL e insuficiência quando os níveis se encontram abaixo de 20ng/mL.
A função mais conhecida se relaciona em absorver o cálcio da alimentação. Quando deficiente, pode acaretar o raquitistmo em crianças e em adultos, contribuir para a evolução de osteoporose. No entanto, atualmente, já foi demonstrado que diversos outros tecidos e células possuem receptores específicos para esta ”vitamina”.
Pesquisas recentes têm relacionado sua deficiência com diversos tipos de câncer, diabetes, hipertensão arterial, AVC, doenças autoimunes, fraqueza e perda da massa muscular.
Além dessas doenças relatadas, sua avaliação e sua reposição ganharam grande importância na gestação e na amamentação.
Em diversos estudos clínicos, a falta de vitamina D na gestante associou-se a baixo peso do recém-nascido e alguns desfechos tardios nas crianças em idade escolar, como baixa massa óssea e presença de marcadores de risco cardiovascular.
Foram também relatados, risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. A vitamina D é importante para a formação de uma pelve saudável, com uma função muscular adequada e consequentemente, menor incidência de cesarianas.
Na gestante, sua reposição deve ser realizada em doses diárias, devendo ser evitadas as doses mais altas, semanais ou mensais, comumente feitas na população em geral. As doses de manutenção recomendadas tanto em gestantes como lactantes acima de 18 anos, vão de 600UI em mulheres com baixo risco, podendo chegar até 2.000UI diárias para mulheres com risco aumentado de deficiência.
A cada dia surgem mais estudos mostrando a importância da Vitamina D3, fica o alerta para o cuidado durante a gestação, pois neste período, as mulheres muitas vezes, são orientadas a se expor menos ao sol.