O diabetes mellitus, ou simplesmente diabetes, é uma doença crônica, resultado de um conjunto de alterações metabólicas que culminam com uma glicemia aumentada. Pode ocorrer como consequência de defeito na secreção ou na ação da insulina produzida pelo pâncreas. O diabetes mellitus progride através de diferentes estágios clínicos.
Diabetes tipo 1: ocorre, principalmente, em decorrência da ação autoimune com destruição das células beta pancreáticas. Acarreta, na maior parte das vezes, deficiência absoluta de insulina, sendo por isso necessário o uso da insulina para seu tratamento É mais frequente em crianças e adolescentes. Corresponde de 5% a 10% dos casos de diabetes.
Diabetes tipo 2 : apresenta graus variáveis de evolução, podendo estar em um momento onde haja predomínio de resistência insulínica, com alguma deficiência na produção de insulina ou em período mais avançado, em que o problema passa a ser principalmente na secreção de insulina. Neste tipo de diabetes, o tratamento normalmente é realizado com medicamentos orais. Acomete mais frequentemente indivíduos acima de 40 anos e é responsável por mais de 85% dos casos de diabetes.
Diabetes Gestacional: é definido com o aumento de glicose de intensidade variada com início na gestação. Ocorre em torno de 4% das mulheres grávidas.
Existem outros tipos específicos de diabetes causados por alterações genéticas, doenças do pâncreas, ou doenças endocrinológicas. Podem ser também desencadeados por medicamentos e até por infecções.
Por ser o mais frequente, descrevo como é a evolução para o diabetes tipo 2.
A resistência insulínica pode ser considerada a principal desencadeadora do diabetes tipo 2, pois ocorre em lugares que levam ao aumento de glicose. No fígado, ela provoca uma produção exagerada de glicose, mesmo sem o alimento. Já no músculo, ela causa uma captação deficiente da glicose, mesmo após uma refeição rica em açúcares.
Este processo é evolutivo, pois as células beta pancreáticas tentam compensar esta resistência, produzindo mais insulina, e mantendo a glicemia normal. No entanto, com o tempo, as células beta pancreáticas são danificadas pelo trabalho excessivo e começam a falhar. Neste momento, a glicemia começa a subir, levando a uma fase inicial, chamada tolerância diminuída ao açúcar. Com a evolução do quadro, a glicemia se eleva ainda mais. Consequentemente, surge o diabetes tipo 2.
Portanto, ter uma glicemia normal não significa que este processo não esteja acontecendo. Existem muitos passos até o desencadeamento do diabetes. Daí, a necessidade de informação e orientação à população em geral. Essas etapas podem ser interrompidas no momento certo, com apenas mudanças de estilo de vida. Para maiores informações www.jucineiaoliveira.com.br