Após o diagnóstico de um nódulo tireoidiano, haverá vários caminhos a seguir. Poderemos apenas acompanhá-lo através de ultrassonografia, ou em muitos casos, haverá necessidade de puncioná-lo. À partir do resultado da coleta de material, também teremos que optar por condutas variadas, que vão desde a manutenção do acompanhamento ultrassonográfico periódico, até a retirada da glândula tireoide.
O teste genético, disponível nos EUA desde 2011, e agora no Brasil com o nome de PEG (Perfil de Expessão Gênica), avalia a expressão de 167 genes e reclassifica o resultado, que na avaliação citológica ficou indefinido. O exame pode reduzir em até noventa por cento o número de cirurgias desnecessárias, ou seja, pacientes que tiveram resultado da punção indeterminado e foram encaminhados para a cirurgia, sem ter câncer de tireoide.
Esta nova opção diagnóstica, é indicada para casos que na avaliação citológica não foi excluído malignidade. Utiliza principalmente o Sistema de Bethesda que através de suas categorias, é realizado o diagnóstico e calculado o risco de malignidade de um nódulo. Será indicado para o teste genético, apenas os casos que ficaram em uma situação indefinida, que são principalmente, os nódulos classificados nas categorias III e IV do Sistema de Bethesda. São justamente os nódulos que por indefinição, muitas vezes são encaminhados para a cirurgia. Com esse teste genético, é possível uma reclassificação, sendo encaminhado para a cirurgia, apenas os nódulos realmente suspeitos para malignidade.
Como é realizado o processo? Com uma agulha, é retirada uma amostra do nódulo e a partir deste material, realizada a avaliação genética.
Este teste não é recomendado para os nódulos nas categorias II ( benignos) e V (suspeito para malignidade) de Bethesda.
As desvantagem do teste, é o seu custo e ainda não ter cobertura pelas operadoras de saúde no Brasil. Além de um risco de cinco por cento dos tumores diagnosticados como benignos, serem malignos.